Opinião: “Sobre o debate Rio/Santana”

Rui Calafate 26486_104731429549928_3658939_n1- O que é um debate? Um debate é um duelo. E num duelo, ganha quem mata.

2- Qual o objectivo deste debate? Seduzir os cerca de 70 mil militantes com capacidade de voto. Este debate era para dentro do PSD, não era para o País, não era para os independentes, não era para os que comentam sem saberem nada de política nem comunicação política, e também não era para as primas dos comentadores televisivos nem para os engraçadinhos das redes sociais. Era para os militantes do PSD que viram e perceberam o óbvio: Roma não paga a traidores.

3- nenhuma luminária, nenhuma mediocridade brilhante do comentaríado disse o seguinte: Rio anda há 30 anos na política, mas este era o seu primeiro debate nacional, não podia falhar, era vital, porque não tinha nenhuma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão.. Foi um desastre e a vacuidade de sempre. A sua ideologia era ele próprio, fiou-se no seu sebastianismo e não ia preparado.

4- num debate televisivo de uma hora, é muito raro haver uma vitória clara, por KO. Ontem, ao segundo assalto, Rio ficou dizimado. Por causa dos pontos 1 e 2 que escrevi. Santana estava a navegar com a ajuda do seu killer-instinct e falou para o coração do PSD que não costuma perdoar quem o trai.

5- mais algo que o comentaríado não percebeu, este PSD, hoje, ainda é no seu aparelho profundamente “passista” e PSL soube posicionar-se como seu paladino o que significa que tem esse aparelho consigo.

6- o minuto final, e só o Pedro Santos Guerreiro o soube ver, é para uma afirmação pela positiva, por aquilo que cada um traz consigo. Rio não trazia nada de bom, trazia apenas as “trapalhadas” que foram desconstruidas logo no início, tentou afirmar-se pela negação do outro, não disse que era bom, só disse que o outro era mau. Isso é zero em televisão.

Conclusão: vitória por KO neste duelo de Santana, que agora o deixa tranquilo para se ainda houver alguma noticia negra poder responder que é uma manobra de desespero dos adversários, os tais que andaram durante um ano a minar a liderança de Passos. PS: e revejam a saída de ambos dos estúdios da RTP: Santana e a sua equipa risonhos optimistas, Rio, a entrar para o banco de trás do carro, sozinho, naqueles segundos de silêncio em que na sua consciência sentiu que a sua ambição nacional, morreu.

Bom dia

Rui Calafate

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