Municípios têm até hoje para limpar terrenos de proprietários que não cumprem

Incendio mw-860

As câmaras municipais têm até hoje para assegurar a limpeza de terrenos, substituindo-se aos proprietários e outros produtores florestais em incumprimento, de forma a evitarem a penalização em relação às transferências correntes do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF).

No âmbito do Regime Excecional das Redes Secundárias de Faixas de Gestão de Combustível, inserido na lei do Orçamento do Estado para 2019, à semelhança de 2018, as câmaras municipais têm de garantir “a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível, devendo substituir-se aos proprietários e outros produtores florestais em incumprimento”.

Se os municípios não cumprirem com o prazo para limpeza de terrenos, que termina hoje, “é retido, no mês seguinte, 20% do duodécimo das transferências correntes do FEF”.

Apesar de a lei prever esta penalização, o Governo assegurou que, em 2018, “não foi efetuada qualquer retenção” do FEF das câmaras municipais, referindo que “a retenção, neste âmbito, dependia de comunicação do incumprimento”.

De acordo com a lei, “os proprietários, arrendatários, usufrutuários ou entidades que, a qualquer título, detenham terrenos confinantes a edifícios inseridos em espaços rurais são obrigados a proceder à gestão de combustível”, trabalhos que tinham que ser assegurados até 15 de março.

Em caso de incumprimento deste prazo, os proprietários ficam sujeitos a contraordenações, com coimas que variam entre 280 e 10.000 euros, no caso de pessoa singular, e de 3.000 a 120.000 euros, no caso de pessoas coletivas.

Entre 01 de abril e 26 de maio deste ano, a Guarda Nacional Republicana (GNR) instaurou “1.710 autos de notícia por contraordenação”, devido à falta de gestão de combustível (limpeza da floresta), numa média de 40 infrações por dia durante este período.

Durante o ano de 2018, esta força de segurança levantou 8.425 autos de notícia por contraordenação devido à falta de limpeza de terrenos florestais, o que corresponde a uma média de 23 infrações identificadas por dia.

Para que os municípios possam substituir-se aos proprietários em incumprimento, a lei determina que “os proprietários e outros produtores florestais são obrigados a permitir o acesso aos seus terrenos e a ressarcir a câmara municipal das despesas efetuadas com a gestão de combustível”.

De forma a assegurarem o pagamento das despesas dos trabalhos de limpeza de terrenos, os municípios podem candidatar-se, até 30 de setembro, à linha de crédito para financiamento da limpeza da floresta, no montante total de 50 milhões de euros, tal como aconteceu em 2018.

Em 2018, foram apenas 18 os municípios que se candidataram à linha de crédito, designadamente as câmaras municipais de Torres Novas, Vagos, Covilhã, Fundão, Pombal, Valença, Vila Nova de Cerveira, Penalva do Castelo, Baião, Águeda, Cadaval, Penela, Sardoal, Viana do Castelo, Arganil, Sever do Vouga, Amarante e Condeixa-a-Nova, solicitando um montante total de 6.928.478 euros.

Sem adiantar qual o caso de cada município, o Ministério da Administração Interna informou que, das 18 câmaras municipais que apresentaram candidaturas, “11 não apresentaram qualquer despesa elegível, logo não há lugar a qualquer transferência; três municípios apresentaram despesa elegível, comunicaram a despesa realizada e enviaram os documentos comprovativos, [pelo que] as verbas serão transferidas após a validação dos serviços e a celebração dos contratos; dois municípios desistiram das candidaturas; outros dois municípios já receberam financiamento em 2018”.

Na sequência das dificuldades na apresentação de candidaturas à linha de credito, a Assembleia da República recomendou ao Governo que melhore as condições de crédito ao financiamento da limpeza florestal por parte dos municípios, segundo uma resolução publicada, em 23 de maio, em Diário da República.

At https://www.antenalivre.pt/

Artigo de opinião: “Genocídio no Alentejo: Quem extermina o Povo Alentejano? Portugal ou Espanha?”

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“Estou dias e dias fechada em casa. Tenho saudades de poder conversar com as vizinhas. Não tenho para onde ir; não tenho vontade de viver” – Maria Emília Laranjinha Coelho; Fortes; Alentejo

Se no passado simbolizaram um grito de revolta e a liberdade, hoje, pelas suas características, os montes alentejanos determinam a extinção e exterminação do povo alentejano.

Assim que descobertos, o extermínio foi a realidade dos índios e de todas as tribos que viviam em plena comunhão com a Natureza; é a realidade do povo alentejano.

Os Montes surgiram devido à tentativa de moldagem dos habitantes a novas regras sociais. A fuga dos inadaptados, às exigências de uma sociedade injusta e de elites, fomentou que, aqui e ali, há muito tempo, surgissem pequenas habitações, pertencentes aos homens livres: os Montes alentejanos.

Iniciou-se um novo e nobre povo, cujas características se mantêm até aos dias de hoje: humilde, sábio, respeitador, simples mas livre. Em plena comunhão com a natureza, vivia das ervas da planície e das margens da ribeira, de pequenas hortas e do pastoreio.

Hoje, são, maioritariamente, idosos que ali habitam: alvos fáceis da ganância alheia. Na solidão dos pequenos povoados, a sua voz é abafada e a sua simplicidade apelidada de ignorância. Hoje, o povo alentejano vê as novas plantações invadir o perímetro dos povoados, vê-as entrar em casa; vê as águas interditas a uso público e os seus cursos desviados; vê a planície decapada das ervas que aprendeu a usar na sua alimentação; vê as árvores milenares serem vendidas ao desbarato, no OLX; vê os sobreiros e as azinheiras serem arrancadas ou queimadas; sabe as praias contaminadas; chora o ar gorduroso e nauseabundo; sente os químicos que o matam; e, na sua velhice, agasta-se com a nova doença que aqui chegou: o cancro. Cala-se envergonhado de uma culpa que não tem.

E, a lei? A lei, nas suas exceções, por vezes, legaliza um genocídio sem precedente; por vezes, não é aplicada. Em nome do desenvolvimento económico, do alto interesse financeiro: ceifa-se, aos poucos, em morte lenta, todas as formas de vida, incluindo as humanas.

Em plena Europa, a dúvida persiste: quem o inflige? Portugal ou Espanha?

O começo do fim

Ninguém imaginaria que a promessa de água do grande lago Alqueva, à planície seca e árida, fosse o início do fim.

Há cerca de 10 anos, no interior, surgiram as primeiras culturas intensivas de olival (400 árvores por hectare); no litoral, aproveitou-se as águas do Mira, apareceram as estufas e as monoculturas, iniciou-se a decapação dos terrenos do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Aqui e ali, a vinha, as nogueiras, as amendoeiras, o olival, os brócolos, a salsa (vendida entre 50 a 125 euros/kg)… ficando, sempre, para depois, a chegada da água às torneiras das casas. Hoje, ainda, é água de cor negra e imprópria para uso humano ou animal que corre nas casas do Alandroal.

De forma sútil, foram desaparecendo sobreiros, azinheiras (árvores protegidas por lei), surgiram graves alterações a nível da orologia, foi destruído todo o património ambiental e histórico (arrasadas Villas Romanas e Celtas, importantes vestígios pré-históricos….)… Antas, únicas, aparecem desmembradas na periferia dos terrenos da planície.

Na sede do quero mais e quero para mim o que é de todos, deu-se continuidade a um arraso sem planeamento, sem bom senso, sem vigilância, sem respeito pelos bens comuns e pelos outros seres humanos, sem arrependimentos por parte dos prevaricadores.

O Olival intensivo que exigia muito mais do que o Alentejo lhe podia dar, deu lugar ao superintensivo ( 2000 pseudoárvores) que aspira, no seu caminho, lágrimas de sangue e vidas humanas. Seguiu-se o olival híperintensivo, sem cabimento nem perceção.

Todos os solos do Alentejo, estão a ser decapados, todas as árvores arrancadas, toda a vegetação desaparece e, no chão daquilo a que chamam oliveiras ou desenvolvimento económico, a terra nua ganha terreno em milhares de quilómetros. Muitos terrenos foram decapados 3 vezes: iniciaram com vinhas, foram arrancadas para dar lugar ao olival intensivo; por sua vez arrancado para dar lugar ao superintensivo (sempre subsidiadas pelo estado e antes que o lucro financeiro fosse uma realidade).

Estão aprovados mais 70 000 hectares (700 quilómetros quadrados) e a duplicação das, incontáveis, centenas de quilómetros quadrados no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, para culturas hiperintensivas, numa região em que a água é insuficiente para o consumo humano e se encontra contaminada com substâncias cancerígenas.

Porque escrevo tanto sobre o tema?

Um dia, ao atravessar o Alentejo, constato uma dimensão de destruição inacreditável; pesquisei, informei-me e escrevi o meu primeiro artigo sobre o tema (O fim da planície e a morte do azeite: um dos maiores crimes ambientais de Portugal ), nos Navegantes de ideias. O artigo foi lido e partilhado por muitos e muitos milhares de pessoas. A partir desse momento, comecei a receber milhares de mensagens de alentejanos; muitas pessoas referem que, pela primeira vez, alguém lhe dá voz e faz eco da sua dor; outras, com medo e solicitando anonimato, relatam e provam, quer por imagens quer por documentos, que a catástrofe ganha a menção de genocídio.

Ao mesmo tempo, sou contactada por pessoas de quase todos os partidos políticos. O tema é o mesmo, manifestam a sua opinião e preocupação contrária, neste tema, às orientações dos partidos. Conscientes da gigantesca dimensão, sem precedentes, do atentado à vida no Alentejo, revelam nada poder fazer para reverter a situação. Segundo os mesmos, as políticas a adotar são acordadas em documento próprio, por pessoas que com parcos ou nenhuns conhecimentos da matéria (especialistas e estudos nunca estão presentes) e a sua orientação é, tão somente, o aproveitar subsídios vindos da Europa ou a pressão de intervenientes, presentes, com interesses financeiros. Por vezes, nos debates, ouve-se a expressão: “o fim é só daqui a quinze ou vinte anos, logo se vê”. Chocaram-me os documentos, a que tive acesso, oriundos dos maiores partidos políticos portugueses: até a gerência da água pretendem passar para os agricultores – o fim da água nas torneiras, nos aquíferos e na superfície  do Alentejo.

De facto, um dia, sem qualquer interesse ou manipulação da minha palavra, escrevi sobre uma situação que me incomodou – uma situação que todos viam mas poucos tinham coragem de comentar. Talvez tenha sido isso que levou “tantos e tantos” a pedir-me ajuda. Como se eu tivesse o dom de reverter algo tão complexo! Não tenho. Posso, no entanto, escrever com as minhas palavras a Vossa Voz.

É com base nessas mensagens, nesses documentos, na minha pesquisa, nas minhas idas ao terreno, de fotografias aéreas e na minha opinião que escrevo o presente artigo. Obviamente, não identifico pessoas nem partilho documentos que vi. Escrevo porque não consigo calar, em mim, o que chamo de Genocídio. Não consigo calar os que me pedem ajuda na tentativa de acabar com o seu tormento. Não consigo calar um povo que vive só, amedrontado e ameaçado, na grandeza do seu monte, desalentado, doído, doente, envenenado…

As árvores do Alentejo

As oliveiras milenares: umas vendem-se no OLX, ao desbarato; outras, são certificadas em Espanha e vendidas para Itália; outras, seguem em camiões para destinos europeus.

Despovoamos o Alentejo de árvores centenárias e milenares, espécies resistentes a doenças e que não necessitam de produtos químicos, e plantamos: OMGs (Organismos Modificados Geneticamente). Relativamente aos olivais superintensivos e hiperintensivos, agrava-se a situação tendo em conta a proveniência das espécies implantadas: oriundas de um país (Espanha) onde uma grave doença das oliveiras impossibilita o uso dos solos.

Sim. Não há dúvida, na minha opinião, que se trata de Organismos Modificados Geneticamente:

– o mesmo foi referido, em entrevista, numa rádio de Beja, por um grupo de agricultores, a escolha desta variedade de oliveiras, implantadas no Alentejo, deveu-se às alterações genéticas das plantas, garantindo que eram o que de melhor se adaptava ao terreno;

– o uso de Glifosato, na região, confirma: este produto químico (em tribunal, noutros países, foi provado que é altamente cancerígeno) mata todas as plantas que não sofreram alterações genéticas, assim, se as espécies de oliveiras, amendoeiras, de fruto, de videiras e outras resistem ao seu uso, comprovam que existiram modificações genéticas;

– a proveniência de Espanha das oliveiras implementadas, também, confirma; segundo o que li, para poder exportar e na tentativa de reverter a grave epidemia, os cientistas espanhóis fazem experiências manipulando cerca de 8000 genomas: uma vez que as inicialmente implantadas, neste país, estão contaminadas.

A tratar-se de OMGs, significa que a lei portuguesa não é mais do que um papel com letras escritas para os estrangeiros e para as empresas; a sua utilização, para além de outros, carecia de consulta pública e rotulagem em conformidade: o que não ocorre.

As árvores centenárias, resistentes a doenças e que não necessitam de produtos químicos, são vendidas, arrancadas ou, simplesmente, queimadas e enterradas. Tal como na Amazónia, longe dos olhares, aparece um caminho, uma clareira é aberta e, aos poucos, todas as formas de vida são mitos; dão lugar a um grande círculo, a outro, a mais outro e, num raio de muitos quilómetros, a vida esvai-se na ganância e do quero para mim tudo o que tens.

Nas serras, na planície, é visível (com exceção para dois ou 3 concelhos) que toda a vegetação desaparece. O Montado (azinheiras e sobreiros) seca de um dia para outro; por vezes, é simplesmente arrancado ou queimado.

Muitos olivais s e montados são arrancados sem qualquer autorização. No caso dos olivais, por vezes, o futuro comprador (ou outro aparentemente alheio ao negócio) vende as árvores antes de adquirir o terreno. Após a venda do terreno, não há culpados: o vendedor não sabe o que aconteceu e o comprador adquiriu o terreno sem árvores. Nestes casos, o arranque das árvores fica a cargo do seu comprador, não havendo, assim, prevaricação por parte dos envolvidos no negócio de compra e venda do terreno.

Os novos contratos já assinados, com empresas estrangeiras, dada a dimensão das áreas que abarcam, levam a crer que nada restará do Alentejo e grande parte do Algarve. Além dos milhares ou milhões de árvores milenares e centenárias arrancadas, já é visível, através de fotografias aéreas, o inicio da queima ou arranque das que sobejaram. É a dor e a morte, por todo o Alentejo.

O que já desapareceu?

Salvada, nove hectares de importantes vestígios pré-históricos;

Beja, Villas Romanas e Celtas, desapareceram;

Monsaraz, olival tradicional arrancado;

Monte Novo e Farisoa, olival tradicional arrancado, sítio romano e Antas afetados;

Mesquita, Évora, sítio romano afetado;

Casa alta, Redondo, olival intensivo arrancado; no seu lugar já brilha o superintensivo;

Aldeias de Montoito, olival tradicional arrancado;

Alvalade, montado arrancado;

No litoral, desapareceu quase todo o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina; as culturas chegam a 5 metros do mar; estende-se para a zona do Algarve e para a serra da vigia;

Longe das estradas, a leste do olhar humano, todas as árvores desapareceram ou já se iniciou o seu abatimento e, no seu lugar, restam os solos nus. Existem áreas com 10 quilómetros quadrados sem uma única árvore.

Posso continuar mas penso que o cansará (são milhares de ocorrências comprovadas).

No Litoral Alentejano, a área de cultivo é tão imensa que ocupa toda a faixa entre Vila Nova de Milfontes e Odeceixe (tendo já ultrapassado este limites, até Aljejur, estende-se para a Serra da Vigia, parou, em muitas situações, a cinco metros do mar). No entanto, a faixa livre de plantações situa-se, maioritariamente, entre vinte a sessenta metros do mar e já é notório  alterações na orologia das arribas.

Não esquecer que as arribas e as dunas são a nossa defesa contra o avanço do mar e a consequente salinização, erosão e inutilização dos solos. É irónico transmitir, às nossas crianças e aos caminhantes, o dever de caminhar pelos trilhos existentes e o não arrancar plantas destas zonas (pela sua vital importância) e, ao mesmo tempo, consentir a sua total destruição para uso de uma empresa. Penso que os manuais escolares e os programas que abarcam devem ser alterados: transmitir o contrário que ocorre, com o aval do estado, fará de um professor: um tolo não confiável.

Neste caso, a lei que regula o aproveitamento das águas do Mira legaliza todo o desbaste.

Numa dimensão de centenas de quilómetros, estas culturas levaram ao desaparecimento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano (resta uma pequena faixa entre Sines e Vila Nova de Mil Fontes).

A vida selvagem

Durante a noite, quando passam as máquinas para a apanha da azeitona, milhares de pássaros que ali dormem, morrem ao ser sugados.  “Tordos”, “Calhandras”, “Trigueirões”, “Rouxinóis”, “Felosas”, “Milheirinhas”… “uma verdadeira chacina” é referida pelos trabalhadores que os retiram das cubas das azeitonas.

Esta situação ocorre, essencialmente, nos arbustos mais baixos, nos olivais superintensivos. Após as colheitas, milhares de aves são retiradas das cubas das azeitonas; no entanto, o seu sangue fará parte do azeite que servimos à mesa. Mesmo que sejam lavadas antes de dar origem ao azeite, o aconselhável, por questões de saúde, é que, o que seja contaminado com sangue, não integre o consumo humano.

A administração de produtos fitofármacos é feita através dos gotejadores de água onde qualquer espécie animal selvagem bebe e, dias depois, morre. Lebres, coelhos, perdizes… são encontrados, todos os dias, mortos nos seio das culturas superintensivas e hiperintensivas ou na sua periferia, perto das estradas, pelos campos do Alentejo.

Em milhares de quilómetros decapados, desapareceu toda a vegetação, desapareceram todas as rochas (de importância vital para muitas espécies e no combate à erosão).

Numa barragem, morreram envenenados 700kg de peixe e o gado que ali matava a sede.

É evidente a escassez de insetos, fundamentais para a existência de vida.

A nuvem química, usada para fazer cair a azeitona, além de contaminar com químicos cancerígenos o azeite, mata as abelhas (o ser vivo mais importante do planeta, sem o qual não existe nenhuma outra forma de vida).

Nos depósitos, a céu aberto, do bagaço da azeitona, milhares de animais (ratos, aves, cobras e outros) perdem a vida. Segundo os habitantes locais, estes não são retirados e integrarão o azeite refinado que é, comummente, adicionado ao azeite virgem para que a acidez atinja os níveis requeridos pela lei.

A Água

Anos de seca consecutivos têm tido graves consequências nos recursos hídricos da superfície. Algumas barragens estão completamente secas ou apresentam níveis nunca vistos e, no que se refere às água do Alqueva, já é visível a formação de zonas pantanosas. A salinização, a presença de químicos cancerígenos e a nitrificação, crescentes, além de tornarem a água imprópria para uso agrícola, atingem os níveis que levaram à extinção do Mar Aral e das Tablas de Daimiel.

O mesmo ocorre com as águas do rio Guadiana que já nos chega, de Espanha, contaminado.

Assiste-se, assim, ao uso, na agricultura, de um recurso que devia ser exclusivo para o consumo humano: desde outubro, mais de três mil novos furos de captação de água são o resultado da crescente intensificação da agricultura: extingue-se um recurso crucial, numa época de secas, cada vez mais frequentes, tornando inviável: a existência de qualquer espécie de vida, em toda a região.

Se as espécies, plantadas no Alentejo, prometiam uma vida de 20 anos, estes fatores, não contabilizados na implementação de uma agricultura sem regras, planeamento ou controlo, ditam, segundo estudos publicados por especialistas da área: o Alentejo não tem 10 ou 15 anos de vida.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) refere que os pesticidas estão a ser usados em concentrações excessivamente elevadas e estão presentes nas águas subterrâneas, em níveis muito elevados, nas zonas onde a atividade agrícola é mais intensa. Um seu estudo, à qualidade das águas subterrâneas, detetou a presença de pesticidas proibidos pela lei portuguesa e outros proibidos em toda a Europa. A APA não descarta a possibilidade dos produtos proibidos, presente nos aquíferos, provirem de Espanha.

Estes pesticidas podem ser a causa do surgimento de grande número de Cancros, essencialmente do intestino e das vias respiratórias.

 É muito difícil perceber e aceitar que uma população, maioritariamente idosa, com uma postura de vida ecológica, sucumba ao cancro. São em elevado número e todos recentes: no entanto não há números, nem dados: não foi realizado nenhum estudo de impacto humano. E a relação efeito/causa só é possível no tempo; ou seja, precisamos esperar que os Alentejanos morram para ser correto referir o nome “GENOCÌDIO”.

O que é certo é que os alentejanos estão doentes e a morrer: quer pelo ar que respiram, quer pela água que bebem, quer por serem vaporizados por produtos químicos. Sem respeito pelos PDMs (Plano Diretor Municipal), as culturas superintensivas e hiperintensivas entram dentro do perímetro das localidades e engolem as habitações. Todas as noites, em períodos prolongados, são vaporizados com produtos químicos.

O Serviço Nacional de Saúde já se pronunciou, no que se refere aos olivais do distrito de Beja,  e considera necessário e obrigatório estabelecer medidas de intervenção e correção à sua instalação, pelo seu impacto negativo na saúde pública.

No litoral, muitas mensagens recebidas e as recentes análises da APA , sugerem uma utilização de químicos que vai, excessivamente, além do permitido por lei e que as praias, da zona em questão, não estão próprias para uso humano: as escorrências contaminaram todo o areal.

Se pretende refrescar-se, não utilize as águas destas praias; segundo muitos especialistas e as recentes divulgações de estudos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), é tão excessiva a carga de químicos aplicados que se encontram altas concentrações de elementos cancerígenos (provenientes de produtos proibidos em toda a Europa mas aplicados no Alentejo).

Esqueça as piscinas, por todo o Alentejo, se os aquíferos estão contaminados por produtos cancerígenos: a sua piscina, também, está.

Associação Natureza Portugal, representante do Fundo Mundial para a Natureza (WWF na sigla internacional) faz o alerta num comunicado divulgado esta quarta-feira, por ocasião do Dia Mundial da Biodiversidade, afirmando que “Portugal está a viver da água que não tem”. A organização ambientalista avança também uma série de recomendações para travar o problema.

Para a  ANP/WWF é necessário conservar os ecossistemas aquáticos saudáveis e reabilitar os outros, não financiar novos regadios em zonas de escassez, nem as situações que não garantam sistemas de uso eficiente da água.

O ar

O ar nauseabundo, gorduroso, pleno de poeiras cancerígenas, não permite uma vivência condigna.

No meu entender, existem cinco grandes causas:

 – as três, excessivamente poluentes, fábricas de transformação do bagaço da azeitona tornam irrespirável todo o ar, numa zona entre Cuba e Mértola; mesmo quando as máquinas param (dois meses no verão), os depósitos, a céu aberto, mantêm um ar gorduroso e com cheiro a esgoto muito intenso, por toda a região, numa extensão de centenas de quilómetros quadrados;

– as pulverizações, constantes, com produtos químicos (muitos proibidos na Europa), a que são sujeitos os olivais superintensivos e hiperintensivos e, consequentemente as pessoas (os olivais ultrapassaram o perímetro dos povoados), tornam irrespirável todo o ar, numa zona entre Cuba e Mértola;

– as pulverizações, constantes, com produtos químicos (muitos proibidos na Europa), em toda a faixa do Parque Natural do Sudoeste Alentejano;

– as pulverizações, constantes, com produtos químicos nos amendoais, vinhas e outras culturas superintensivas;

– aquando da floração de toda esta mancha de culturas superintensivas e hiperintensivas, o pólen, contaminado por produtos altamente cancerígenos, esvoaça até atingir a respiração humana, originando graves problemas respiratórios e pulmonares.

Fortes

A indignidade maior surge na localidade de Fortes Novas.  E não sei como a escreva, de forma a transparecer a verdadeira dimensão de tão grande crime que ocorre no meu país. Ali, a morte é um bem conseguido em vida.

Definha-se, numa poluição tão intensa que não deixa ver a pessoa com quem dialogamos. São sobretudo idosos, envergonhados e doridos pela morte que chegou quando o coração ainda bate e a mente sabe que não há saída de um crime monstruoso, praticado com o consentimento dos órgãos de poder e de um país que não podia permitir esta aberração. Permanentemente, não há ar.

No início, durante 10 anos, chamavam-lhe parvos e referiam que o fumo era vapor de água. Os órgãos de poder negavam, as fábricas de transformação do bagaço negavam, as primeiras análises foram efetuadas no único dia do ano em que o vento levou a poluição. Após muita luta, por parte algumas pessoas (muitas choram no anonimato, ameaçadas ou com medo de perder o transporte, à quinta feira, que lhes permite sair da povoação) a fábrica reconheceu que o vapor de água era mais denso e construiu uma nova chaminé. No entanto, esta e as outras duas continuaram a poluir, de forma medonha, as pessoas que vivem a 200 metros (134 metros, no caso da Dona Rosa Dimas).

Devíamos combinar um dia e irmos todos, Portugal em massa, a Fortes. Acreditem, quem lá vai não precisa de análises: prefere a morte rápida a ter que respirar aquilo todos os dias, a todas as horas, a todos os minutos, a todos os segundos. É, sem sombra de dúvida o crime mais hediondo que se possam praticar.

Assoam e cospem sangue, vivem enclausuradas na poluição que têm dentro de casa; evitam a rua porque intensifica estes sintomas e o ardor nos olhos e garganta. Não saem de casa, não convivem com os  vizinhos, não veem outros seres humanos, estão sós, prisioneiros do desenvolvimento económico e da ganância alheia.

Choram doridos, morreram.

Aplicaram as poupanças de uma vida num Alentejo puro e são; são idosos, viviam da reforma e das hortas; hoje, em fome envergonhada, sem recursos financeiros, estão prisioneiros e é o sangue que lhes sai das entranhas.

Finalmente, em junho de 2018, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) fez análises e deu a conhecer os resultados:

“Poluentes químicos associados a emissões confinadas e difusas”. Na composição química das partículas libertadas pela actividade da fábrica de bagaço de azeitona, foi identificada a presença de “monóxido de carbono, dióxido de enxofre, compostos cancerígenos (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e outros gases (amoníaco, ácido sulfídrico e sulfureto de metilo”. Perante este e outros pareceres, incluindo um do Sistema Nacional de Saúde, foram solicitadas medidas urgentes para que estas pessoas pudessem viver, o fim dos seus dias, com dignidade. Todos os órgãos de poder empurram uns para os outros e nenhum faz absolutamente nada, desculpando-se com o vizinho: judiando com estas pessoas.

Para minimizar os efeitos negativos na população, a fábrica perguntou à população: se queriam óculos, uma capela e arranjos na escola primária. A população respondeu: a escola está fechada; não nos falta visão mas sim o ar; não precisamos rezar, são vocês que decidem se temos ou não: ar.

Há dias, ocorreu mais um congresso para se debater este tema; provavelmente ainda não sabem que aquelas pessoas estão a morrer de forma desumana e que era hoje que devia ter acabado a sua agonia.

De bradar aos céus, foi a humilhação provocada pelo senhor José Velez, vice-presidente da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (Drapal), Em conferência, após ouvir o choro destas pessoas, disse-lhes: “desmistificar papões”; “ambiente é fundamental, mas o desenvolvimento é crucial”; “desenvolvimento tem os seus custos e as suas facturas” – ou seja, opino eu, considera aceitável o envenenamento e a morte destas pessoas em troca do desenvolvimento.

Belos políticos, é muito bem gasto os ordenados que lhe pagamos. O à vontade é tanto que nem se inibe de aprovar a doença e a morte de seres humanos, a troco de um desenvolvimento que ocorre não sabemos para quem. Terá, além do ordenado que lhe pagamos, subsídios dos capitais espanhóis envolvidos na fábrica? Algo tem que condicionar o que profere, não acredito que alguém, são mentalmente e livre de palavras empenhadas, possa transmitir concordância com este atentado à vida.

Após o congresso, a APA instalou sensores para realizar novas análises ao ar de Fortes: a fábrica, estava presente aquando foi tomada esta decisão, parou as máquinas; uma paragem que, certamente, durará até ao final das análises.

Após o congresso, outra importante medida foi tomada: enviar uma equipa de saúde para analisar a população. Em tons de estou permanentemente no telemóvel, entre mensagens e joguinhos, foi entregue, a cada idoso, um inquérito. Afinal, o estudo não pretendia saber as marcas da doença provocada pela respiração contínua de gases venosos, queria saber se a população era louca, se poderia recorrer ao suicídio e se pretendia matar os que lhe infligem tamanha aberração.

No Alentejo, brinca-se, judia-se com a dignidade e a vida das gentes.

Os solos

Ao revirar-se todo o terreno, com máquinas pesadas, para se implantar uma única espécie: permitiu-se a diminuição da infiltração de água nos aquíferos, com efeitos muito prolongados.

Desapareceram todas as rochas, incentivando a erosão e inibindo a humidade dos solos.

Modificou-se o percurso dos cursos de água e a orologia dos solos.

O não manter as coberturas de plantas rasteiras, controladas apenas pelo gado e sem mobilizações superficiais, leva à inutilização dos solos e à formação de deserto.

O desaparecimento das plantas autóctones impede: a fixação de carbono, o desenvolvimento do ecossistema e a biodiversidade.

A implementação de plantas de uma única espécie e de crescimento rápido: esgotou os solos.

A maior biodiversidade terrestre situa-se abaixo do solo, essencial para a produção de alimentos de qualidade nutricional, para a saúde da população, para a fixação de carbono nos solos (e diminuição do carbono na atmosfera). Nos solos nus, secos, movimentados várias vezes, como no Alentejo, a vida extingue-se.

Escravidão em solo português

São oriundos dos países asiáticos, beneficiam de contratos desumanos, vivem aos 20 e 30 em contentores ou casas diminutas, sem quaisquer condições sanitárias. Defecam e fazem a sua higiene nas ruas. Os patrões queixam-se que gastam muita água e luz, obrigam-nos a pagar condições que não beneficiam; por vezes, o que recebem não ultrapassa o um euro diário.

Ao fim de seis meses são abandonados sem dinheiro para regressar ao país de origem, é mais económico trazer nova remessa.

Estas pessoas, que procuram uma vida melhor, são trapos e lixo em solo português. Trabalham horas e horas, sem regalias, dobrados, agachados, sem poder desviar o olhar de um trabalho duro e inaceitável; são vítimas de racismo devido ao choque de culturas e a hábitos  (que efetuam por falta de meios para o evitar)  que distam do nosso aceitável. Um grave problema social.

Na verdade, quando os donos das grandes superfícies agrícolas dizem que os portugueses não querem trabalhar: referem-se ao facto dos portugueses exigirem o cumprimentam da lei e do código de trabalho. Referem-se ao facto de querermos trabalhar com dignidade e prestar assistência às nossas famílias. Referem-se ao facto de nós sabermos que a escravidão humana é proibida e inaceitável.

Acima de tudo, referem-se ao facto de podermos denunciar que este e aquele produto são ilegais na Europa. Os exploradores sabem que podemos denunciar práticas que violam a lei, o ambiente e a vida.

Quem lucra com as plantações superintensivas e hiperintensivas?

A EDIA, Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A, é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos (Pública mas anónima? Faz-vos sentido? A mim: não.) e pertence ao setor empresarial do Estado. Esta empresa está na base de milhões de euros de prejuízo para Portugal. O rendimento que obtém da utilização da água não é sequer suficiente para o pagamento dos custos energéticos e, a energia representa, apenas, 20 a 40% dos custos totais. A água é vendida por preços bastante elevados, mas muito inferiores à despesa efetuada. A venda da água é realizada a menos de 30% do seu custo real (medida  ilegal pois não cumpre as normas da Diretiva dos Quadros da água). Se a água for encarecida, levará ao abandono das explorações.

A contaminação geral, a destruição do património histórico e ambiental e a inexistência da bela paisagem da planície não permitem o desenvolvimento de um turismo de qualidade.

Os empregos estão a cargo de mão-de-obra-escrava proveniente dos países asiáticos. Uma nova fonte de despesa para o nosso país: a maioria destes trabalhadores são abandonados, sem meios financeiros que lhes permita regressar ao país de origem, após seis meses de trabalho: é mais económico trazer novos trabalhadores. Portanto: o Alentejo continua sem emprego.

Em Portugal, fica a poluição e a inexistência de recursos naturais. Todos os produtos seguem para Espanha; quer seja o que resulta das poluentes fábricas de transformação do bagaço, quer seja o azeite, quer seja produto pecuário, quer seja produto agrícola. Muitos camiões destroem as nossas estradas num vai cheio e talvez volte vazio, pela noite dentro, até à vizinha Espanha. Mais um fator a ser considerado no tão falado desenvolvimento económico.

Segundo as informações recebidas e algumas verificadas através de pesquisa, no que se refere ao azeite, o que chega aos nossos hipermercados possuem rótulos enganosos. Omitem ou referem proveniência errada, tentando ocultar que provêm de espécies OMG (Organismos Modificados Geneticamente) e não tradicionais. Segundo várias mensagens recebidas, o azeite virgem não chega ao nosso mercado e os azeites que o referem, nos rótulos, são enganosos. Há quem refira que o azeite das nossas garrafas é o óleo que Espanha compra a Marrocos. Perdemos qualidade mas, para o consumidor, o azeite é cada vez mais caro.

Apesar de ser um negócio “multimultimilionário”, não é o produtor quem mais lucra. Intermediários, a partir de Espanha, vendem o azeite virgem aos países nórdicos, onde 25cl custam quase 30€.

Comummente, surge o desenvolvimento da economia de Espanha, em detrimento da portuguesa e com a menção de esgotamento total dos nossos recursos.

Espanha

Por todo o lado, surge, de forma pouco abonatória, o nome da nossa vizinha “Espanha”. As mensagens sugerem que é a Espanha que obtém os lucros do Genocídio, no Alentejo,  do seu povo. Portugal paga os subsídios, com dinheiro do Fundo Comunitário Europeu, esgota os recursos, fica sem estradas…

Muitas mensagens referem que as terras são compradas, por espanhóis, em dinheiro vivo, por 20 vezes superior ao real valor da Terra. Surgem menções a altos cargos do anterior Governo espanhol envolvidos.

Também é o Nome de Espanha que aparece associado ao desbaste pleno de todo o Património histórico e ambiental e ao excessivo uso de produtos químicos, uns proibidos pela lei portuguesa e outros proibidos em toda a Europa há mais de 20 anos. “É tanto o à vontade (referia uma mensagem) que os espanhóis, abandonam os recipientes destes produtos tóxicos, com o rótulo, perto das linhas de água e matam todos os animais que ali vão beber”.

Outras, ainda, referem que, nalgumas explorações, são retirados os rótulos para que os trabalhadores não saibam que produtos estão a ser aplicados.

Agricultores espanhóis não se cansam de repetir, em entrevistas: “Felizmente, no Alentejo, temos a Terra e a água que quisermos”. Fazendo-nos crer que este solo já não é Português.

Numa investigação mais exaustiva, encontra-se a “verticiliose”

A verticiliose é uma doença que se converteu num grande problema para a olivicultura espanhola, em especial para as novas plantações que se realizaram no país, nos últimos 30 anos. Na oliveira, a infeção provoca:  morte súbita de ramos ou de toda a árvore, ou de uma forma menos aguda,  a dessecação das flores e das folhas. A infeção que se propagou por quase todos os solos do país vizinho, levou os investidores a procurar novos solos. O Alentejo foi o destino. No entanto, é provável, sendo que as plantas provêm de Espanha, que  a doença já se tenha implantado no Alentejo e seja a causa do excessivo uso de produtos fitofármacos proibidos na Europa.

De referir que esta praga se propaga, também e facilmente, através das águas de rega.

Também, é referido, com frequência, que 99% de todos os produtos produzidos seguem para Espanha.

A matéria que resulta das poluentes fábricas de bagaço, do Alentejo, segue para Espanha e é utilizada, pelo país vizinho, em Unidades de Biomassa para o fabrico de energia: desenvolvendo, assim, a economia espanhola e não a portuguesa.

A não esquecer: são capitais, maioritariamente, espanhóis presentes nas poluentes fábricas de transformação do bagaço da azeitona.

Tanto se ouve o nome “Espanha”, e como o nosso Governo tem feito ouvidos surdos a todas as queixas que provêm do Alentejo e se demonstra incapaz de terminar com o genocídio, baseando toda a devassa em “desenvolvimento e economia”, não seria má ideia pedir ao Governo Espanhol (e ao seu Rei) explicações sobre: O Alentejo é português ou espanhol? O que se passa no Alentejo? Quem é responsável sobre o genocídio que aqui ocorre?

Não seria, ainda, má ideia perguntar à União Europeia: se tem conhecimento do GENOCÌDIO? Se sabe o que resulta da aplicação dos subsídios que paga a Portugal?

Somos portugueses ou espanhóis? Esta é uma questão que urge esclarecer, pelas bandas do Alentejo.

Conclusão

Permitimos o genocídio sobre um povo e destruímos as condições essenciais a qualquer tipo de vida, numa extensão tão grande como o Alentejo, de forma gratuita; num país que tinha todos os recursos para a economia florescer, para permitir uma vivência com qualidade e respeito por todos os seus habitantes, num ambiente de respeito pela Natureza, mantendo os seus recursos naturais:

– a universidade de Évora publicou, esta semana, uma sua experiência que prova que Portugal não necessitava deste monstro que nos evadiu e que o Olival Tradicional é muito rentável;

– as nossas ervas endémicas (utilizadas na alimentação); os produtos das hortas e explorações de pequena dimensão; o azeite, o vinho, a amêndoa, o nosso peixe (de qualidade, comprovadamente, única a nível mundial), os nossos frutos, os nossos enchidos, os queijos e presuntos tradicionais… deram bom nome ao que é português e fomentaram o interesse além fronteiras. Ao invés de se focar na qualidade dos produtos e no desenvolvimento sustentável e limpo  (no elevado valor nutricional e económico), produz a quantidade, de  forma extremamente poluente (foca-se no baixo valor nutricional e económico).  Portugal esgota os nossos recursos e as condições essenciais à vida, enganado o próximo durante algum tempo: mata o país e a possibilidade de um dia se recuperar. Andamos sempre atrasados e a copiar políticas que falharam noutros países: a Holanda, por exemplo, percebeu, a tempo, inverteu políticas e está na linha da frente de uma economia sustentável, produzindo produtos de qualidade. Em suma: se desenvolvêssemos a  produção de produtos agrícolas e derivados de primeira qualidade para países ricos ,em vez de baratos para países pobres e populosos, tínhamos um indicador de produtividade material muito superior à media da UE;

– o extinto Parque Natural da Costa Vicentina, atraía 150 000 pessoas por ano, num turismo respeitador e cívico: facto que começava a ter reflexos nas carentes finanças dos alentejanos;

– o Cante, as gentes, a arquitetura, a culinária, as praias, a simpatia, as festas, a simplicidade começavam a atrair, a todo o Alentejo, um turismo único no Mundo: sem megaconstruções ou destruição mas de recuperação da nossa identidade;

– desaparecem, montados, pastoreios, vegetação … a alimentação nobre dos nossos animais…

Portugal, estado membro da ONU, assinou e viola, com as políticas que adotou e que permite que ocorram,  os 17 objetivos, da ONU em prol de um desenvolvimento sustentável.

Defende o Alentejo; defende os mares; defende o ambiente; acaba com o GENOCÌDIO:

Partilha até que a mão te doa!

Sem sorrisos;

Guida Brito

At https://navegantes-de-ideias.blogspot.com/

Post: “Voluntariado”

Sofia Morais

Faz hoje um ano que a minha vida deu uma volta de 360°.
Faz hoje um ano que recebi uma das melhores prendas da minha vida!
Faz hoje um ano que deixei, por uns instantes, uma família, para ganhar outra.
Faz hoje um ano que aprendi o verdadeiro significado da palavra desapego. Aprendi a não desistir. Aprendi a procurar o melhor para mim e, sobretudo, para os outros! Aprendi a apreciar a natureza. Aprendi a deixar o medo para trás e a lutar pelos meus sonhos e, principalmente, a ajudar os outros a concretizarem os sonhos deles! Aprendi a seleccionar as memórias do passado, para poder dar lugar a novas e salutares aprendizagens. Aprendi que nada acontece por acaso. Aprendi a reconhecer que a família e a amizade são o melhor presente que a vida me deu, mesmo estando do outro lado do mundo. Aprendi a agradecer à vida por me ter feito (re)encontrar pessoas fantásticas. Aprendi a viver sozinha, mesmo estando super acompanhada. Aprendi a enxugar as minhas próprias lágrimas, as dos outros e a nunca deixar de sorrir. Aprendi a ver o lado bom da vida e a estar de bem com a vida.
Aprendi, então, que o frio também aquece o coração.
Se aprendi…eu ganhei!🙏💪💚🍀
E tu, por que é que não aprendes, saindo da tua zona de conforto? VOLUNTARIADO, sempre!
E nunca te esqueças, o AMOR não tem cor; mas é super colorido!

Sofia Morais

At https://www.facebook.com/

XXXVI Festival Ibérico de Música de Badajoz, celebra o 10 de Junho

Festival CARTEL-SIN-PROGRAMA-36-FESTIVAL-IBÉRICO-DE-MÚSICA-724x1024

Del 23 de Mayo al 19 de Junio de 2019

Sociedad Filarmónica de Badajoz


JUEVES  23 DE MAYO, 20:30 h.

 Palacio de Congresos de Badajoz 
ALEXEI VOLODIN & ORQUESTA DE EXTREMADURA

Álvaro Albiach, director

Concierto de piano y orquesta nº1, P. I. Chaikovsky

Stairscape,  Jesús Rueda

Sinfonía nº4, J. Brahms

Entradas: 

15 € Público general

10 € Abonados OEX

 5 € Socios Sociedad Filarmónica de Badajoz

Descuentos para jóvenes en el programa CONSUMA CULTURA

Venta de entradas:

Plataforma web Orquesta de Extremadura

Taquilla Palacio de Congresos los días 21, 22 y 23 de mayo de 12:00 a 14:00 horas y el 23 de mayo también de 17:00 a 20:15 horas.


SÁBADO 25 DE MAYO 18.00 h.

Teatro López de Ayala de Badajoz

Concierto escenificado para público familiar

‘ACRÓBATA Y ARLEQUÍN’, de La Maquiné

Inspirada en el circo de Picasso

Música de Erik Satie y Francis Poulenc

A partir de 4 años

Duración: 55 minutos

Entradas:

8 € Patio de Butacas

5 € Anfiteatro

Gratis socios de la Sociedad Filarmónica de Badajoz

Descuentos para jóvenes en el programa CONSUMA CULTURA 

Venta taquilla Teatro López de Ayala


DEL 29 DE MAYO AL 14 DE JUNIO

BEETHOVEN ACTUAL

Las sonatas para piano de Beethoven, los 18 Estudios de Ligeti y 9 reestrenos de compositores españoles

*En coproducción con el Centro Nacional de Difusión Musical (CNDM)

29 DE MAYO

VILLAFRANCA DE LOS BARROS

Casa de la Cultura, 20:30h

GUSTAVO DÍAZ-JEREZ, piano


31 DE MAYO

LOS SANTOS DE MAIMONA

Casa de la Cultura, 20:30h

JAVIER NEGRÍN, piano


31 DE MAYO

BADAJOZ

Residencia Universitaria de la Fundación CB (RUCAB), 20:30h

EDUARDO FERNÁNDEZ, piano


6 DE JUNIO

BADAJOZ

Residencia Universitaria de la Fundación CB (RUCAB), 20:30h

ÓSCAR MARTÍN, piano


7 DE JUNIO

OLIVENZA

Capilla del Convento de San Juan De Dios, 20:30h

DANIEL DEL PINO, piano


7 DE JUNIO

ELVAS (PORTUGAL)

Cine-Teatro Municipal, 21:30h (Hora portuguesa)

ALBA VENTURA, piano


13 DE JUNIO

BADAJOZ

Salón Noble Diputación de Badajoz, 20:30h

NOELIA RODILES, piano


14 DE JUNIO

MÉRIDA

Auditorio Fundación CB, 19:30h

MIGUEL ITUARTE, piano

Entrada libre hasta completar aforo en todos los conciertos de BEETHOVEN ACTUAL


SÁBADO 1 DE JUNIO, 12:30 h.
En distintas plazas y calles del centro de Badajoz

MÚSICA EN LA CALLE/MÚSICA EN NA RUA  

Agua

Banda Municipal Alterense (Portugal)

David Álvarez, guitarra

Nuevas Iniciativas Musicales


VIERNES 7 DE JUNIO, 20:30h.
Salón Noble Diputación de Badajoz

ELENA GRAGERA, mezzosoprano

ANTÓN CARDÓ, piano

Diechterliebe, R. Schumann

Compositores españoles en París

Entrada libre hasta completar aforo


DOMINGO 9 DE JUNIO, 12:30 h.

Museo Arqueológico Provincial

DÍA DE PORTUGAL

CONCERTO CAMPESTRE

Ah nhanhá venha escutar

Música portuguesa de los siglos XVII y XVIII

Joana Seara, soprano

Pedro Castro, oboes y flautas históricas

Catherine Strynckx, violonchelo barroco

Flávia Almeida Castro, clave

Entrada libre hasta completar aforo


VIERNES 14 DE JUNIO, 22:00 h.
Patio de la Biblioteca de Extremadura (En la Alcazaba de Badajoz)

DARAWISH

Músicas del Mediterráneo y Oriente con influencias de jazz

Hames Bitar, laúd

Kaveh Sarvarian, flauta, ney, tombak, voz

Pablo Hernández Ramos, saxos

Luis Taberna, percusión

Fernando Leria, contrabajo

Linda Al-Ahmad, voz

Larbi Sassi, voz y violín

 

Entrada libre hasta completar aforo


MIÉRCOLES 19 DE JUNIO, 20.30 h.

Palacio de Congresos de Badajoz

JOVEN ORQUESTA NACIONAL DE ESPAÑA (JONDE)

Jordi Francés, director

La procesión del Rocío, J. Turina

Selección Suites 1º y 2º del ballet Romeo y Julieta,  S.  Prokofiev

Consagración de la Primavera, I. Stravinsky

Entradas: 

15 € Público general

10 € Abonados OEX

5 € Socios Sociedad Filarmónica de Badajoz

Descuentos para jóvenes en el programa CONSUMA CULTURA

Venta de entradas:

Plataforma web Orquesta de Extremadura

Taquilla Palacio de Congresos del 17, 18 y 19 de junio de 12:00 a 14:00 horas y el 19 de junio también de 17:00 a 20:15 horas.

At http://festivalibericobadajoz.es/ e http://festivalibericobadajoz.es/web/celebramos-dia-portugal-concerto-campestre/?fbclid=IwAR2BA5UlaStT8g_dyhNLbdgUjqR8_Zv6hWsw0InowhK_2cPN8dMdAtEY86A