Arquivo mensal: Outubro 2019
“A Frenda, com os povos da Raia”
El día 03 de Noviembre, en la Biblioteca Pública Municipal de Valencia de Alcántara, a las 18h, la Asociación La Frenda de Santiago de Alcántara desarrollará el proyecto “La Frenda con los pueblos de la Raya. A Frenda com os Povos da” Raya”.
At https://www.facebook.com/ – Asociación para el Desarrollo de la Sierra de San Pedro-Los Baldíos
Mas não se constava que era para ser a…
Realizou-se dia 28 de outubro, a reunião extraordinária do Conselho Intermunicipal da CIMAA, em que os 15 Presidentes propuseram e deliberaram por unanimidade a eleição do Presidente do Conselho Intermunicipal, o Eng. Hugo Luís Pereira Hilário.
Portalegre Core de novo a dar “hard”
Montargil agracia Machado Caetano
O Professor Doutor Machado Caetano nasceu em Vale de Vargo, no concelho de Serpa, a 5 de setembro de 1935. Com apenas três anos, rumou com a família para Évora, onde passou a infância e a adolescência e fez os seus estudos primários e liceais. Terminado o curso liceal, foi para Lisboa estudar Medicina. Foi o melhor aluno do seu curso, que concluiu em 1960.
André Branquinho (Nisa) apresenta-se mais uma vez
Artigo de opinião: “Bateu certo”
Entrámos num novo ciclo. O Partido Socialista e os dissidentes do PPD/PSD e do PP/CDS são os grandes vencedores destas eleições, estes últimos porque se conseguem eleger por instituições próprias. Sim, é preciso ter em atenção que os recentes partidos de direita (não de extrema) Iniciativa liberal, Chega e Aliança, juntos, tiveram mais votos que o PAN. Estes que cantam uma vitória com 4 deputados em 230, completamente absurda. Também com a ajuda dos do costume.
Resultante de uma estratégia correcta, ou não fosse António Costa o comandante, o PS teve a maioria que se esperava, com a vitória nas eleições, algo que não ocorreu há 4 anos. Uma vitória sólida que, ainda assim, afasta a possibilidade de (co)ligação ao PAN, para o bem comum dos mortais.
A maior vitória percentual volta a ser para o distrito de Portalegre, dando seguimento à aposta que tem vindo a ser feita pela Federação do PS na imagem dos Presidentes de Câmara, em detrimento dos Presidentes de Concelhia. Ricardo Pinheiro foi extraordinariamente bem escolhido para este combate, e a sua eleição é mais do que justa. Júlio Miranda Calha deixa de ter a bandeira de ser o Deputado mais antigo da nação presente na Assembleia da República, e perde-se também a presença já habitual de Heloísa Apolónia pelos Verdes, e ao lado do Partido Comunista.
Rui Rio tem razão no que diz nas suas reacções, disparando para o sítio certo. O partido ou se quer social democrata, ou os militantes terão que procurar um dos novos partidos liberais de direita, ou mudam finalmente o nome do partido. Santana Lopes estatelou-se ao comprido, aguardando-se por isso, e com expectativa, a tendência das políticas dos próximos anos.
Entretanto, todos sabemos que os velhacos do Bloco de Esquerda “dão o cú e 8 tostões” para terem protagonismo, enquanto Jerónimo de Sousa quer culpar a “Geringonça” pelos resultados obtidos, não compreendendo que ele, sim, é que já está a mais.
A arrogância e prepotência do PP/CDS, mais concretamente da sua presidente (e tanta gente boa que lá tem), resultou no que se viu, o que terá levado também à saída prévia de alguns dos seus grandes seguidores, veja-se o resultado de Pedro Pinto em Beja e do mesmo Chega no distrito de Portalegre, o partido da ruptura com o sistema, à frente do PAN. E que se saiba, o único partido assumidamente de extrema-direita em Portugal é o PNR, que teve menos de metade dos votos do PCTP/MRPP a nível nacional. E, já agora, para que é que serve o Partido Trabalhista?
Vamos esperar um bom mandato, comandado por um partido que pede dirigentes que conheçam a sua história (ou, senão, sejam corridos) e tenham humildade para reconhecer quem lhes deu, instituições e militantes, e dá força, e que seja dada a devida dignidade a quem trabalha. Chega de aumentos de salários mínimos, em prejuízo do aumento dos salários médios, também da classe média. O foco deverá ser nos trabalhadores. É o que se pede a um partido de esquerda.
Partem daqui os votos de um excelente mandato para o Luís Testa e o Ricardo Pinheiro, que garantidamente irão estar na defesa dos interesses do distrito, esse que quer rapidamente o Pisão e um acesso rodoviário e ferroviário digno à sua capital. Isso será o mínimo.
Marco Oliveira
Prof. António Ventura em Seminário da UGT
Carta aberta: “André Ventura é a grande traição ao Benfica”
Esta é uma carta aberta escrita para a Tribuna Expresso e dirigida à direção do clube da Luz e é sobre alguém que chegou ao Parlamento e que é “conhecido apenas e só por ser do Benfica”
Somos um pequeno grupo de benfiquistas que vem por este meio expressar indignação perante um facto que já passou todos os limites: André Ventura usou e usa o Benfica para criar uma persona política.
A instrumentalização política do Benfica é errada por princípio.
Neste caso, é ainda mais grave, porque o Chega é um partido de extrema-direita abertamente anti-sistema e xenófobo, isto é, um partido que é a negação da identidade do Benfica.
O clube de Eusébio, Coluna, Renato e Gedson, entre outros, não pode ser associado a uma figura xenófoba.
A claque do Benfica tem brancos, mestiços e negros. O Benfica é um clube de angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos.
O Benfica é clube mais popular de Portugal, é de ricos e pobres, de brancos e negros, de muçulmanos e ciganos. A direcção do Benfica não pode continuar a pactuar com a evidência mediática: o Chega chegou ao parlamento porque é liderado por uma personagem que é conhecida apenas e só por causa do Benfica.
Com os melhores cumprimentos,
Jacinto Lucas Pires
Henrique Raposo
Pedro Norton
José Eduardo Martins
Ricardo Araújo Pereira
Artigo de opinião: “Os palhaços e os filhos da puta”
Ramada Curto foi um advogado e jornalista bastante popular do meio teatral e jornalístico lisboeta da primeira metade do século XX, tendo intervindo nalguns dos processos-crime mais célebres do seu tempo.
Uma das suas histórias judiciais que ficaram célebres teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar “filho da puta” ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva. Nas suas alegações, Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de, muitas vezes, se utilizar essa expressão em termos elogiosos (“Ganda filho da puta, é o melhor de todos”) ou carinhosos (“Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!”), tendo concluído as suas alegações da seguinte forma: “E até aposto que, neste momento, V. Ex.ª está a pensar o seguinte: “Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!…”.
Chegada a hora de sentença, o juiz vira-se para o réu e diz: “O senhor vai absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado”.
Isto vem a propósito de recente afirmação de Miguel Sousa Tavares, que fez a capa do Jornal de Negócios, de que nós já teríamos um palhaço que se chamava Cavaco Silva. O que tu foste dizer?!… Em Portugal, os nossos políticos são todos muito susceptíveis e o povo muito reverente. Em Portugal, um político pode arruinar uma autarquia ou um país, enriquecer os amigos e a família e lançar o povo na miséria, destruir lares, famílias e vidas, que não lhe acontece nada. Mas, se alguém chama “palhaço” a um político, tem logo o procurador e a polícia à perna.
Eu até compreendo que certos políticos não gostem que lhes chamem “palhaços”, porque, efectivamente, os únicos e verdadeiros palhaços nesta história não são os eleitos mas quem os elegeu. Com efeito, por muito que nos custe reconhecer, os palhaços somos nós, o povo eleitor, que, durante os últimos vinte anos, temos eleito e sido governados pelos ofendidos da história de Ramada Curto.
Santana-Maia Leonardo
28-05-2013