Não existem humilhadores; só existem humilhados.
Em cada humilhação há pelo menos dois seres humilhados. Quem humilha humilha-se. E avança em queda. Humilhar é avançar em queda – é a contra-humanidade. O humilhador coloca-se muito mais numa posição de escravo do que de escravizador. É escravo da sua efémera necessidade de humilhar. E nada é mais humilhante do que um humano que procura valorização na desvalorização do outro. Humilhar humilha-te. Quando te sentires humilhado sorri, levanta a cabeça. Não percas um segundo a humilhar de volta. Nenhuma humilhação se devolve – até porque, por ser humilhação, já está devolvida por defeito. E por excesso. Repito: quando te sentires humilhado sorri. E siga.
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in” Prometo Perder”, o meu novíssimo livro
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