Artigo de opinião: “Deixemo-nos cá de merdas…”

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Pensar que entre tantas coisas interessantes para fazer (e sim há muitas) dediquei-me a ouvir a entrevista de Passos Coelho no canal público. E numa coisa terei que dar a mão à palmatória: se há uma característica que define o homem é a coerência. Desde o início do mandato e até hoje, e desculpem-me, deixemo-nos cá de merdas, está tudo mau e não vai melhorar. Qual esperança, qual vontade de fazer o Povo respirar de alívio e devolver algumas alegrias que sejam. Caramba, nós que até nos contentamos com tão pouco. Nada disso. O mesmo ar carregado, o discurso monocórdico, derrotista, cinzento, nublado e agreste (até conseguiu ser coerente com a meteorologia). Mas não é isso que o Povo esperaria, não é isso que o Povo espera de quem os governa. Não é isso que faz o País andar. Saber que por mais passos que se dêem, não conseguiremos sair do mesmo lugar. E isto não é claramente o princípio do progresso e do avanço.

Dá que pensar que possamos rejubilar-nos com a prisão de José Sócrates, mesmo que tardia, e ainda pensar que o Povo, mesmo acreditando que a memória não seja um ponto forte e devia, fique descansado com este Governo em liberdade.

O que importa é apurar a verdade. Se Sócrates nada fez, melhor para ele; se infringiu a Lei, que cumpra o que for determinado. Agir como se uma vingança se tratasse, parece-me pior e bem mais grave. Há um Estado doente que precisa ser tratado com a dignidade que nós, cidadãos, merecemos. E existe um Estado para refazer, um País farto de corrupção, de falta de democracia. Porque deixemo-nos cá de merdas, o que nos tem de mover é a vontade.

Para todos aqueles que se calaram e nada fizeram, ainda têm tempo de se redimir, de fazer a diferença.

O Prof. Adriano Moreira, no seu livro “Tempo de Véspera”, escreveu o seguinte:

“(…) os trabalhadores da undécima hora só prosperam quando as batalhas forem ganhas, os tempos cumpridos, os sonhos realizados. Não são os que ficaram silenciosos, os que não participaram na acção, que fizeram o mundo em que vivemos. Acontece que estão lá na época da colheita. Os que fazem o mundo são os outros, são os que transformam as ideias em palavras e as palavras em acção.
(…)É porque os velhos lutadores estiveram nos debates, responderam à chamada para o combate, participaram nas carências, correram todos os riscos, que chega algum dia em que batem as pancadas da undécima hora. Os construtores do mundo, de uso não têm mais do que dez horas para viver. A colheita em regra não lhes pertence. (…) O grande destino que lhes coube e cumpriram foi o de preparar a vinda da undécima hora.*”.

Conselho meu: deixemo-nos cá de merdas, que ainda há muito para fazer.

Andreia Costa

* Trabalhadores da Undécima Hora (Parábola do Empregador Generoso ou Trabalhadores da Última Hora) é uma parábola de Jesus que aparece apenas em Mateus 20:1-16. Jesus afirma que qualquer "operário" que aceita o convite para o trabalho na vinha (dito por Jesus para representar o Reino dos Céus), não importa o quão tarde do dia, receberá uma recompensa igual com aqueles que foram fiéis por mais tempo. É nesta parábola que Jesus afirma que os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos, outra frase sua que se tornaria muito conhecida.

Cante alentejano já é da Humanidade

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O cante alentejano já é da Humanidade. A decisão foi tomada esta quinta-feira de manhã, em Paris, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade deu formalmente entrada a 28 de março de 2013 no comité internacional da UNESCO. Há três semanas foi considerada “exemplar” pelo comité de avaliação e as expectativas eram altas.

Há exatamente três anos, a 27 de novembro de 2011, Portugal celebrou a eleição do fado como Património Imaterial da Humanidade.

At http://observador.pt/2014/11/27/unesco-elege-cante-alentejano-como-patrimonio-imaterial-da-humanidade/

Primeiro grupo de cante alentejano do Alto Alentejo estreia-se a 19 de dezembro

At http://www.orfeaodeportalegre.com/index.php?option=com_content&view=article&id=73:nova-lista-do-elenco-directivo&catid=36:noticias&Itemid=58

Crónica: “Três anos (a ajudar) a desobstaculizar…”

Um pedaço da vida numa história de vida ocorrida durante três anos na Administração Pública – uma experiência única recordada mais de vinte anos depois – traduz sempre uma visão particular do mundo. Uma história de vida nunca poderá ser um relato desinteressado.

I Lembro-me como se fosse hoje!

No fim das férias de Verão de 1989 tínhamos tido a agradável surpresa da visita da Adelina. Num fim de tarde descontraído, numa esplanada da praia de Carcavelos, entre algumas bebidas e muitas histórias perguntei-lhe: – Estou a precisar de “mudar de ares”. Para essas novas funções não me queres requisitar para teu motorista?!- Estás a falar a sério? – Estou, pois! E a conversa ficou por aqui…

Desde sempre chefe de gabinete do ministro Adjunto e da Juventude (António Couto dos Santos) Adelina Camilo fora recentemente nomeada vogal do conselho diretivo do Instituto da Juventude (IJ) criado no final de 1988. Naquele final de tarde de Verão esta nova estrutura estava já a funcionar há mais de meio ano.

No início de 1990, a Adelina veio jantar connosco e trouxe a novidade. A minha requisição depois de autorizada pela tutela das Finanças e dos Transportes estava já a caminho da Rodoviária Nacional. Queria-me lá o mais depressa possível! A requisição viria a cair que nem uma bomba na empresa. Nem eu sabia que este processo estava em marcha. Algum cansaço, a confiança na Adelina, o apelo por novos desafios incluindo a vontade de experimentar a Administração Pública fez-me ‘apetecer’ esta radical mudança de vida. Ao longo de três anos o grau de exigência e a complexidade foram sempre aumentando mas comecei pelo princípio.

A minha primeira tarefa foi conhecer cada uma das Delegações (e Delegados) Regionais do IJ, uma por cada capital de distrito, o que me serviu também para conhecer ‘terras’ do meu país que não conhecia como eram por exemplo Bragança, Vila Real e até Portalegre. Relembro que em 1990 ainda era uma tortura conseguir-se chegar a Bragança ou a Vila Real. De tantas e tantas histórias vividas foi talvez em Portalegre onde tive o momento que mais me marcou nesta, afinal, tão curta passagem pelo IJ. Portalegre, cidade que desconhecia, encantou-me pela simplicidade das pessoas, pelo afável acolhimento, mas também pela alguma angústia sentida pela sua gente (pareceu-me) face à constante comparação com os injustos privilégios de Beja e Évora sempre justificados a nível central pelo mais elevado decréscimo da sua população juvenil e pelo seu mais acelerado despovoamento.

Quando me deslocava a Portalegre quer o José Manuel Barradas, hoje presidente do Conselho de Administração da Fundação Robinson e na altura delegado Regional do Instituto da Juventude quer o Dr. João Transmontano, tão simpático (já falecido) presidente da câmara municipal da altura sempre me davam o privilégio e o prazer da sua companhia. Portalegre era de facto um lugar diferente.

II Uma história de vida para memória futura

No PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) do IJ relativo ao Programa Centros de Juventude, relativamente a Portalegre aparecia nos dois últimos anos uma verba de 200.000 contos (quase um milhão de euros) quando se sabia que, face ao projeto herdado da DGEMN (Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais), a obra custaria exatamente o dobro. Assim, a obra não se fazia e a autorização de investimento passava para o ano seguinte. A justificação que me davam era que os indicadores (poucos jovens) não tornavam prioritária aquela construção. Um absurdo.

Centro de Juventude de Portalegre

Com alguma teimosia, consegui autorização superior para contratar um gabinete de arquitetura para dividir o projeto em duas fatias (com racionalidade mínima) de aproximadamente um milhão de euros (200.000 contos) e acabei, para surpresa de alguns concorrentes, a lançar um concurso público para uma empreitada de escavações, movimentação de terras, fundações, lajes e pilares! A obra, confesso, não era assim muito interessante mas a verdade é que removi mais um obstáculo (sempre autorizado pelo Tribunal de Contas, claro!). Em seguida, com o José Barradas promovemos uma fantástica cerimónia de lançamento da primeira pedra desta empreitada que, com toda a pompa e circunstância, contou com a presença do secretário de Estado da Juventude (excelente intervenção sobre o despovoamento), com a bênção do senhor Bispo, com programas em direto das rádios locais e uma nacional, eu sei lá! Com algumas azias pelo meio, com mais alguns empurrões, a verdade é que o refluxo da cerimónia permitiu que no PIDDAC do ano seguinte estivessem lá os 200.000 contos necessários para completar o investimento que deu a Portalegre o Centro de Juventude que eu sempre julguei tão merecido mas que, face aos indicadores de evolução da sua população jovem, o distrito nunca iria ter. Hoje, o Centro de Juventude de Portalegre é uma invejável realidade com todos os seus ateliers, estúdios de rádio, bibliotecas, hemeroteca, auditórios… enfim tudo o que eu gostaria de ter tido quando era jovem e não tive oportunidade de ter. E vivia em Lisboa!

O despovoamento do interior de Portugal é sem dúvida um fenómeno dramático, mas todos nós podemos ajudar a que não seja uma inevitabilidade. Em Portalegre, eu sinto que ajudei um pouquinho.

* Administrador da Rodoviária do Tejo

At https://omirante.pt/

Tolosense João Vences vence mesmo o Prémio InovEmpreende 2014 da Região de Portalegre

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No mês de Outubro foram divulgados os vencedores do Prémio InovEmpreende 2014 das regiões de Guarda | Castelo Branco, Évora e Portalegre, nos eventos Open Day InovEmpreende, realizados nos dias 9 (NERGA), 14 (NERE) e 16 (NERPOR) de Outubro respetivamente.

O InovEmpreende é um programa de apoio ao Empreendedorismo que a AIP – Associação Industrial Portuguesa desenvolveu desde Dezembro de 2013 a Setembro de 2014 nas regiões mencionadas e que envolveu diretamente cerca de 45 empreendedores, através da implementação de ferramentas e metodologias desenvolvidas à medida para este projeto.

“Next DJ Academy”, foi o projeto vencedor na região de Portalegre, da autoria de João Vences e acompanhado pela mentora Tânia Bicho. A criação de um centro de formação de djing, com cursos de música eletrónica, agenciamento de artistas, lançamento de músicas online, aluguer de estúdio e equipamento e venda de produtos, foi o vencedor do “Prémio InovEmpreende Portalegre 2014”, no valor de 2.500 euros.

“Los Romeros”, de Sousel, este Sábado, com jantar, na Tapada das Safras

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Los Romeros é um grupo musical constituído pelo Alberto Pereira (17 anos), pelo Jorge Piedade (22 anos) e pela Paula Carapeta (17 anos). Vêm de Sousel e têm um estilo musical variado, essencialmente rumba e flamenquito. Apostaram no “Rising Star – A Próxima Estrela” (TVI) para crescerem a nível pessoal e profissional e, o mais importante, chegar ao público. Los Romeros querem que as pessoas se divirtam com eles. CURIOSIDADE: O grupo Los Romeros existe há 1 ano.

E o Prémio “Boas Práticas / Associativismo Juvenil” este ano vai para … Castelo de Vide

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A realização dos concursos Prémios “Boas Práticas / Associativismo Juvenil” e “Boas Práticas / Associativismo Estudantil” visa distinguir as associações juvenis e as associações de estudantes do ensino superior, inscritas e efetivas no RNAJ, que se destacam pelas suas características e projetos de relevo.

Este prémio, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), vai na segunda edição, e representa um valor pecuniário de 1500 euros, importando referir que foi premiada uma associação por região, tendo sido atribuídos, no total, 5 prémios no País.

A Ekosiuvenis – Associação Juvenil de Castelo de Vide foi a vencedora, este ano, na região do Alentejo, com o projecto “Ekos Music Fest 2013”.

No ano transacto, o prémio, também na Região Alentejo, foi para a associação Suão – Associação para o Desenvolvimento Comunitário de S. Miguel de Machede (Évora), com o projecto “Circuito da Aldeia”.

At https://juventude.gov.pt/Eventos/Associativismo/Paginas/Premio-Boas-Praticas-Associativismo-Jovem-Resultados.aspx

LV

António Franco reeleito para um último mandato Presidente do PSD Nisa

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António Franco foi reeleito esta sexta-feira, 14 de Novembro, Presidente da Comissão Politica da Secção de Nisa do PSD, pelo 3.º e ultimo mandato consecutivo.

Para o órgão executivo conta ainda com: Vice-Presidente – José António Semedo Miguéns, Secretária – Susana Maria Carloto Vences Severino, Tesoureiro – Carlos José Serralha Temudo Ribeirinho, Vogais – Filipe José da Silva Carita, Miguel Sampaio Pimentel Fraústo Basso, Isabel Maria Teixeira Marquês, João Carlos Nabais Pinto, Liliana Maria Farinha da Silva, Carlos José Filipe Canatário, Maria Gabriela Tomás Martins, Sérgio Miguel Barriguinha Severino e Luís Carlos Carrilho Andrade.

Apresenta 4 objectivos para este novo mandato: crescimento do PSD, ganhar as eleições legislativas de 2015, intervir no debate concelhio e aprofundar as questões da política nacional.

At http://psd-concelho-nisa.blogspot.pt/2014/11/eleicoes-do-psd-em-nisa.html