Zonas rurais “perderam 40% ou mais” de população nos últimos 30 anos

Pisão

Algumas zonas rurais do Alentejo, Centro e Norte do país “perderam 40% ou mais” de população nos últimos 30 anos, caracterizando-se atualmente por uma elevada proporção de idosos sobre os jovens, indicou a especialista em Geografia Paula Santana.

“A variação da população foi mesmo negativa em 68% dos municípios e foi positiva em apenas um terço, em 32%”, disse à agência Lusa a coordenadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território, Paula Santana, apontando que este é “um fenómeno mais rural do que urbano”.

“O território é muito desigual na distribuição da densidade populacional e, falando apenas do continente, há 20 municípios com densidade inferior a 10 habitantes por quilómetro quadrado”, mencionou.

Segundo a professora da Universidade de Coimbra, no Alentejo e Centro há alguns concelhos rurais que têm densidades populacionais entre os quatro e sete habitantes, como é o caso de Alcoutim, no distrito de Faro, em oposição a cidades como a Amadora, no distrito de Setúbal, que atinge mais de sete mil habitantes por quilómetro quadrado.

Outros exemplos desta baixa densidade populacional são os municípios de Gavião e Nisa, no distrito de Portalegre, Idanha-a-Nova e Penamacor, em Castelo Branco, ou Castanheira de Pera, pertencente ao distrito de Leiria.

Na visão da especialista, está a criar-se nestes territórios uma situação de “risco demográfico”, causada pela perda de residentes, que se acentuou com a emigração da população ativa nos últimos 10 anos, com a baixa taxa de natalidade e fecundidade e com o aumento da esperança média de vida, que ultrapassa os 80 anos.

“Em algumas áreas rurais existem quase três idosos para um jovem, o que é mais do dobro do que existe nas áreas urbanas. Não estou a dizer que existem pessoas com mais de 65 anos em número absoluto nas áreas rurais, mas que a proporção de idosos sobre jovens é muito agravada nestas zonas”, explicou.

Ainda assim, Paula Santana referiu que “Portugal é um dos países mais envelhecidos da Europa e do mundo”, tendo em 2018 “mais de dois milhões de indivíduos com mais de 65 anos, em 10,3 milhões de habitantes”.

“Este número vai aumentar muito, estima-se que em 2040 seja quase 40% neste grupo de idade. É de facto um alerta que todos devemos ter. É um resultado da melhoria das condições de vida e uma conquista do século XXI, mas temos de ter presente que as pessoas não querem só viver mais anos. Querem viver mais anos com felicidade, serem criativos e úteis, mas é isso que às vezes falha”, apontou.

Para a responsável, esta situação de “risco demográfico” levanta “múltiplos desafios ao país”, havendo a necessidade de serem criadas “políticas de promoção do bem-estar ao longo dos ciclos de vida”, não só para quem ainda vive nas zonas rurais, mas também para atrair novos residentes.

A implementação destas medidas, acrescentou, “é o papel dos governos locais, em articulação com os governos regionais e centrais”.

Nas últimas semanas, a regionalização tem sido apontada como uma solução para os problemas demográficos existentes no país, contudo, Paula Santana escusou-se a comentar o tema, afirmando que se encontra “dividida”.

O debate sobre este assunto acentuou-se depois do congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), realizado em novembro, na cidade de Vila Real, onde os municípios aprovaram uma proposta de “criação e instituição de regiões administrativas em Portugal”.

Contudo, o primeiro-ministro, António Costa, já remeteu o processo para a próxima legislatura, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter pedido cuidados na abordagem da criação de regiões.

At https://24.sapo.pt/

Por um mundo com mais gente “doida” e menos gente maldosa

Doidas

Gente “doida” é gente feliz, alegre, que tem sempre uma palavra de otimismo e uma boa gargalhada a oferecer, mesmo em situações que geram preocupação e pessimismo.

São pessoas espontâneas e autênticas, que não têm medo de expor o que sentem, nem expor limites e pontos de vista. São pessoas que não estão preocupadas em tentar agradar a todos, embora exalem carisma e gentileza.

Gente “doida” é gente divertida, que está sempre de bem com a vida. Mesmo nos momentos de tristeza, elas se agarram ao otimismo dentro de si, pois sabem que tudo passa.

Gente “doida” é gente que vive, que não espera uma data específica para beber um bom vinho ou usar a roupa mais bonita do guarda-roupa. Elas não esperam as ocasiões especiais, elas fazem de todas as ocasiões especiais.

Gente “doida” é gente que saboreia a comida, mesmo em um almoço de 15 minutos, e que consegue parar para sentir o aroma do café ao invés de apenas ingerir cafeína para manter-se de pé. 

Gente “doida” conversa sozinha, em silêncio ou em voz alta e está sempre rindo de si mesma. É gente que não se importa com defeitos nem com decepções, apenas com os aprendizados retirados de todas as experiências. Pois troca a reclamação pela gratidão por tudo o que há na vida.

Gente “doida” é gente sincera, em quem podemos confiar e confidenciar o que há de mais íntimo, pois temos certeza que elas não farão a “doideira” de espalhar por aí.

Gente “doida” não é perversa, como muitos costumam confundir. Gente perversa é gente maldosa, incapaz de sentir empatia, e que se faz de doida para, na verdade, causar transtornos psicológicos aos que estão ao seu redor.

Gente “doida” é gente do bem, mesmo quando a doideira se trata de alguma patologia. Mas se for uma doideira saudável, de pessoas que apenas fogem de uma sociedade doente de pessoas “normais” e egocêntricas, nada melhor do que sermos os estranhos que conseguem pensar e agir “fora da caixa”.

Gente “doida” é gente leve. Sou eu e é você que me lê, quando conseguimos relaxar e viver o momento, principalmente com aqueles que nos amam e a quem amamos, sem nos preocupar com o que não podemos controlar. 

At https://osegredo.com.br/

Franco-maçonaria ceuta une várias Lojas espanholas e portuguesas

Ceuta

Organizada pelo Triângulo Hércules de Ceuta, a celebração maçónica congregou mais de meia centena de franco-maçons de várias nacionalidades.

El Triángulo Hércules, única estructura masónica liberal, mixta y adogmática en Ceuta, ha organizado una Tenida Solsticial en nuestra ciudad.

Este Triángulo, dependiente de la Logia Pitágoras de Málaga del Gran Oriente de Francia, está implantado en nuestra ciudad desde el mes de septiembre del pasado año 2018 y cuenta ya con una quincena de miembros.

Solsticio

Esta especial y tradicional reunión de francmasones, que se lleva a cabo dos veces al año (invierno y verano), tiene por objetivo, como su nombre indica, celebrar las fechas en las que se observa la máxima diferencia de duración entre el día y la noche.

Según Luis Gámez Lomeña, Venerable Maestro de la ya citada Logia Pitágoras de Málaga, el solsticio de invierno es una fiesta importante para la Masonería. Es el instante – asegura el francmasón malagueño – que representa un gran símbolo natural de la muerte y el renacimiento. Es nuestro memento mori por antonomasia, donde toda la naturaleza venera, enlutada, la Luz que es la fuente de toda vida, pero no podemos olvidar – añade – que en esa muerte yace la semilla del espíritu que florecerá en la primavera y culminará en el esplendor del solsticio de verano. Ya lo dijo el célebre escritor y ensayista Albert Camus, “en medio del invierno descubrí que había dentro de mí un verano invencible”.

Ceuta

El Venerable Maestro de la Logia Pitágoras ya citado ha asegurado que “la Ceuta masónica brilla de nuevo con luz propia, y es por ello que varias logias del sur de España, Portugal y Francia han decidido, en esta ocasión, llevar a cabo esta importante manifestación masónica en una ciudad con honda tradición francmasona y en la que siempre nos sentimos todos bienvenidos. Como es sabido, no es la primera vez que venimos a Ceuta, pero siempre que retornamos, encontramos un buen motivo para regresar de nuevo.”

Iniciación de una francmasona ceutí

Además de una celebración especial, esta Tenida solsticial ha sido el marco perfecto para la iniciación de una nueva francmasona ceutí.

Esta iniciación, que el Venerable Maestro de Pitágoras no ha dudado en definir como histórica, es la primera que se produce en nuestra ciudad desde el golpe de Estado de 1936, que acabó con la vida de muchísimos francmasones que solo pretendían alcanzar el ideal de la Fraternidad. Al mismo tiempo – ha declarado – hemos podido asistir igualmente al pase de “Aprendiz” a “Compañero” de otros tres ceutíes, un hecho también histórico ya que, desde la referida fecha, esto nunca se había producido en Ceuta.

Cabe resaltar que los francmasones del siglo XXI, sean de Ceuta, de Málaga o de París, siguen trabajando como en 1936, por un mundo en el que la Libertad sea la base, la Igualdad sea el medio y la Fraternidad, el fin.

Siempre nos han perseguido y vilipendiado por ser librepensadores, por creer que otro mundo más humano es posible y que la Fraternidad entre los pueblos debe prevalecer por encima de dogmas, nacionalidades, razas, religiones o el color del pasaporte… ese es nuestro ADN y por esa senda vamos a seguir, que no le quepa duda a nadie”.

Masonería andaluza

Además de la Logia Pitágoras también estuvieron presentes, en lo que respecta el sur de España, las Logias Heracles (Estepona) y Tartessos (Sevilla) con sus respectivos Venerables a la cabeza.

Teresa Bellido, máxima responsable de la estructura masónica sevillana, que hace poco pronunció una conferencia en Ceuta que tenía por título “Mujer y masonería”, ha afirmado sentirse en nuestra ciudad “como en su casa”.

“Vengo a la Ciudad Autónoma siempre con mucha ilusión y con deseos de seguir aportando nuestra humilde colaboración para la consolidación del Triángulo Hércules. Cuando se planteó la posibilidad de celebrar una Tenida solsticial en Ceuta, nadie lo dudó ni un momento: no solo es el lugar ideal porque Ceuta en sí está repleta de simbología masona, sino porque la hospitalidad de nuestros Hermanos caballas ya es sobradamente conocida. Esta es una más de las visitas que les hemos hecho y que les vamos a seguir haciendo”.

El Venerable Maestro de Heracles, igualmente presente en el evento, ha reiterado los argumentos esgrimidos por los otros responsables andaluces de la masonería liberal, mixta y adogmática del Gran Oriente de Francia en España.

“Los valores de Libertad, Igualdad y Fraternidad que incansablemente difunde el Triángulo Hércules son un referente sólido y consolidado dentro del panorama masónico español. Con ocasión de esta Tenida solsticial, nuestros Hermanos de Ceuta han vuelto a demostrar que la Fraternidad masónica es una definición en muchos de nuestros escritos que, como este fin de semana, se transforma en actos.

Logia Utopía, Portugal

Por su parte, el Venerable Maestro de la Logia Utopía de la localidad portuguesa de Almancil ha afirmado al finalizar el acto que “para nosotros, como portugueses, Ceuta tiene un lugar especial en nuestros corazones. Nuestras historias discurrieron de forma paralela, y en algunos casos incluso idéntica, y por ello venir a Ceuta es literalmente venir a nuestra casa. Es un honor para la Masonería portuguesa del Gran Oriente Lusitano poder participar en una Tenida de estas características en una ciudad como Ceuta, donde en cada rincón nos encontramos, a la par, trozos de Portugal y simbología masónica. La Logia Utopía de Almancil, como el resto de Logias del Gran Oriente Lusitano, está segura que en breve el Triángulo Hércules de Ceuta se transformará en Logia, y desde luego estaremos aquí una vez más para acompañarlos y ayudarlos.”

Región 17 del GODF

Esta Tenida solsticial también ha contado con la especial participación de una francmasona que integra el equipo de coordinación de la Región 17 (sur de Francia y España) del Gran Oriente de Francia, en la que se encuentran enmarcadas las Logias españolas, y por ende el Triángulo Hércules de Ceuta.

Más eventos masónicos en Ceuta

Finalmente, el Venerable Maestro de la Logia Pitágoras de Málaga ha asegurado que “desde nuestra Logia, y por tanto desde el Triángulo Hércules, tenemos varios proyectos masónicos en marcha que queremos materializar en esta Ciudad Autónoma y que darán a conocer, aún más si cabe, cuál es la visión que tiene la francmasonería sobre diversos aspectos sociales, ofreciendo siempre alternativas basadas en el ideal de la Fraternidad”. Además – ha declarado- quiero subrayar que este fin de semana hemos asistido a un acto de trascendental importancia dentro de la vida masónica. Lo diré una vez más: venir a Ceuta ha sido una verdadera satisfacción y hemos podido comprobar, de nuevo, la solidez de la estructura masónica ceutí y esperamos que la labor de los trabajos de nuestros Hermanos y Hermanas de Ceuta dé sus frutos en breve con el “levantamiento de columnas” de la Logia Hércules, hecho histórico sin lugar a dudas”.

“Una cosa está clara -concluía Luis Gámez Lomeña, Venerable Maestro de la Logia Pitágoras- vamos a seguir trabajando, tanto en Málaga como en Ceuta”.

At https://elfarodeceuta.es/