Presidente da Câmara de V. V. Ródão indica outros possíveis responsáveis

celtejo
Luís Pereira recorda que em 2015 a “Celtejo” foi a primeira empresa a certificar-se na ISO 14001 e a “AMS” recebeu em 2014 um prémio de sustentabilidade ambiental da União Europeia

O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, disse, na passada quinta-feira, que está “muito preocupado” com a poluição no rio Tejo e considera uma “caça às bruxas” a abordagem que está a ser feita ao problema.

Em causa está a recente audição, no parlamento, na comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação sobre os problemas de poluição do Rio Tejo, onde estiveram os presidentes das câmaras de Castelo Branco, de Abrantes, de Mação, de Nisa, de Gavião, de Vila Velha de Ródão e de Constança.

Luís Pereira mostrou-se desagradado com algumas intervenções dos autarcas presentes – sem especificar quais – que abordaram a descarga de afluentes de empresas da região e os transvases feitos pelas entidades espanholas, temendo os efeitos económicos e ambientais na região.

“Está a fazer-se uma ‘caça às bruxas’, cujo verdadeiro problema não é a poluição para alguns autores”, mas “a comparação que fazem do que é o concelho de Vila Velha de Ródão, da sua capacidade de atração de investimento e de criação de emprego e aquilo que existe nos seus concelhos”, disse.

Luís Pereira referiu que o caudal do Tejo, no verão passado, “foi um dos piores” dos últimos anos, duvidando que tenha sido cumprido o caudal mínimo.

“Sabemos que 80% da água do Tejo a 100 quilómetros da sua nascente é desviada para o sul de Espanha e sabemos que a 100 quilómetros da nossa fronteira [Portugal], temos uma das barragens mais poluídas de Espanha (Castrejón) onde surgem à superfície da água, bolhas de metano” e “isso é algo que não vemos no Tejo, em Vila Velha de Ródão”, salientou.

AMS napoles

O autarca não nega a existência de alguns problemas em Vila Velha de Ródão, sobretudo com uma Estação de Tratamento de Águas Residuais na zona industrial, cujas lamas estão a ser recolhidas periodicamente por uma empresa certificada, mas respondendo a “todos os requisitos” colocados pela Agência Portuguesa do Ambiente.

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