Partiu hoje o nosso Alexandre

Este “bicho” SARS-CoV-2, que nos tem atormentado a vida, foi criado para eliminar pessoas, destruir famílias e cortar laços, de forma directa e indirecta. Natural foi, e é, que, nesta altura de completa incerteza, a nossa preocupação vá principalmente para tudo o que envolve os nossos, e que se sobrepõe a tudo e a todos.

O Alexandre era um aglutinador, desde os mais novos aos mais velhos, dos amigos aos conhecidos, dos brancos aos pretos e amarelos, dos vermelhos aos verdes. Contrariando os conhecidos destabilizadores, com os seus umbigos. Criou ambiente para o cumprimento, para um sorriso ou a boa piada, originando uma espécie de 2.ª família que até nem ficava “assim tão distante” da principal de cada um.

Homem de convicções, sempre defendeu as suas bandeiras, e a mais recente dos Veteranos não foi nada difícil de elevar. Mesmo preferindo, numa fase mais recente, afastar a conotação mais política aos debates de café, nunca esquecerei a forma decidida e convicta como, junto com os “Filipe’s”, deram entrada na concelhia de Nisa do PS.

Este 23 de Novembro é demasiado triste e negativo. Onde até um subsídio de Natal, repasto Al-Andaluz ou goleada perdem naturalmente qualquer tipo de relevância. Dia em que também não gostei de ver a cara de um outro amigo. Um Mundo que nos está a consumir. O Mundo onde, mesmo com a convicção de querermos procurar a perfeição, sabemos que podemos sempre apontar, longe da “justiça”, outros que nos acompanham e deveriam ser exemplo, mas deixam muito a desejar.

Sou super agarrado à minha filha, à minha família (a última vez que, com a minha Martinha, confraternizámos com o Alexandre foi precisamente ontem), e não consigo imaginar o que se passa neste momento na cabeça e no coração da sua Marta, e de todas as consequências para toda a família com este tão triste acontecimento. Não haverá abraço para tanto.

Que descanses em paz amigo. Partiste prematuramente e ninguém te queria “coroar” desta maneira. Por cá haverá, com certeza, quem faça o que tiver ao seu alcance para confortar e amparar o que criaste, e construíste de forma tão dedicada.

Marco Oliveira

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