Opinião: “O que os homens querem”

Ana Amorim 1239402_10153428591847747_9218841381439966693_nOs homens não querem mulheres perfeitas, eles sabem que tais seres são um mero produto do marketing e têm a perfeita noção de que lhes sairá demasiado caro de todas as maneiras possíveis.

Não! Asseguro-vos que eles não precisam de medidas perfeitas, peles matizadas e totais ausências de qualquer vislumbre de celulite, nada disso! O que lhes importa de facto é a beleza peculiar que têm as mulheres que se aceitam como são e vão tentando limar falhas físicas sem pânicos ou extremismos, mulheres que vão procurando melhorar as suas capacidades com tenacidade e humor. 

A sério, podem acreditar: o que os homens precisam mesmo é de mulheres a sério, reais, daquelas que lhes saltam para o colo ao ver uma barata e que pedem ajuda para abrir a tampa teimosa daquele frasco de compota que até conseguiriam abrir sozinhas com alguma facilidade. Os homens querem mulheres que os façam mais homens, que os desafiem, os façam crescer. Mas querem também mulheres que os mimem até ao limite de desconfiarem que algo estranho se passa. 

Os homens precisam de mulheres capazes de lhes transmitir confiança e toda a serenidade do mundo, mas querem também que elas os levem, pontualmente, ao limiar da loucura, seja com incompreensíveis birras ou inexplicáveis explosões de sensualidade e luxúria. 

Não, os homens não querem grandes bombas humanas a destilar insegurança e ciúme; querem mulheres que antes de os amarem a eles se amem já si mesmas, já se admirem, já se respeitem, pois só essas os farão elevar-se e deixá-los a planar num plano superior de existência. Eles querem-nas pragmáticas, duras, diretas, mesmo que nem sequer suspeitem que as querem assim, pois no fundo sabem que só essas os manterão longe dos piores precipícios; eles precisam de mulheres aguerridas, combativas, que lutem a seu lado, ombro a ombro, mas que depois se aninhem, pequeninas, na protecção dos seus braços. 

Não duvidem: os homens necessitam de mulheres que ralham, refilam e reclamam com eles; de mulheres presentes, que se importam, que ligam… não para controlar, mas para saber se está tudo bem. No fundo eles sonham apenas com mulheres extraordinárias na sua singular normalidade mas iguais a todas as outras no que toca à pré-menstrual tensão e ao incontornável facto de serem sugadas para dentro de todas as lojas como se um aspirador gigante sempre se accionasse à sua passagem. 

Eles querem, e precisam, de mulheres que falam pelos cotovelos mas sabem respeitar silêncios; de mulheres que erram até finalmente acertar; de mulheres estóicas, magnânimas, capazes de perdoar e fazer deles seres muito melhores.

É certo que muitos se baralham ainda entre aquilo que querem e o que realmente precisam, mas felizmente nós cá estamos, para lhes mostrar o melhor e mais delicioso caminho!

Ana Amorim Dias

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