
O terrorismo da supremacia branca em solo português está agora à vista de todos. Esta peste está a contaminar vários países do mundo e Portugal não é excepção. O terrorismo da supremacia branca é responsável por incitamento ao ódio e por várias práticas de terror que já culminaram em numerosos assassinatos em vários países nos últimos anos. Estas Ratazanas da pátria têm ligações internacionais e estas ações públicas e as ameaças formalizadas têm como objetivo não somente aterrorizar, desmobilizar e silenciar os seus alvos diretos, os seus aliados e futuros aliados, mas também servir de troféus para exibir aos outros grupos de ratazanas nacionais concorrentes e aos comparsas internacionais.
Estas demonstrações de “existência” acompanhadas de desejo de celebridade entre pares, também presente no terrorismo islamista, é um dos fatores que confere ainda mais perigosidade a estes grupos. Existem também, tal como para o TI, interesses políticos que utilizam de forma oportunista executantes fanatizados. Estas Ratazanas Nacionais são inimigos domésticos da pátria que pretendem defender.
Não podemos esquecer todo o trabalho que foi feito por tantas e tantos idiotas úteis em artigos de opinião, editorais, comentários que está hoje a dar os seus frutos ao fazerem uma equivalência francamente estúpida e perigosa entre a extrema-direita e os antirracistas e antifascistas, retomando o “very fine people on both sides” de Trump após o atentado terrorista da supremacia branca de 2017 em Charlosteville, transformando-o em “pessoas más dos dois lados”. Resultado: “eles agora que se entendam entre eles”, insensibilizando a população para a situação de insegurança pela qual estão a passar todos aqueles que são alvo destes terroristas.
Não podemos esquecer todo o trabalho de legitimação das ideias defendidas por estas RN levado a cabo pelo deputado racista e fascista e os seus seguidores e “normalizadores”.
O Estado português fechou os olhos a inúmeros avisos. Estes inimigos interiores estão a desafiar diretamente a nossa democracia e a expor os seus limites, estão a mostrar que leis, Constituição, convenções internacionais são decoração.
Deixei de ter qualquer tipo de esperança na eficácia do Estado Português na proteção dos seus cidadãos após a execução do Bruno Candé porque o silêncio foi uma autorização ao prosseguimento de atividades terroristas contra cidadãos considerados de segunda. Hoje, a única coisa que vejo são as minhas irmãs e irmãos de luta, os meus amigos, pessoas que admiro, independentemente de divergências normais, em situação de total vulnerabilidade face a esta peste, restando-lhes apenas a coragem pessoal que é imensa.
Não restam agora dúvidas sobre a necessidade de recorrer ao pedido de proteção de instâncias internacionais. O Estado português tem falhado constantemente na proteção das suas cidadãs e dos seus cidadãos, não é por isso surpreendente que se pense recorrer a outro tipo de proteção civil organizada, tendo em conta a demora e a imprevisibilidade do apoio internacional, é para esse caminho que o Estado português está a empurrar estas pessoas. A segurança, a dignidade, a Igualdade são direitos, não se estão a pedir favores.
Solidariedade total com a(o)s visada(o)s pelas ameaças destas Ratazanas Nacionais. Convosco até ao fim. Nu sta djunto! #FCKNZS
Luisa Semedo