SER PROFESSOR É UM INFERNO
A escola já não perde tempo a fazer aprender, alerta o professor e pedagogo Sérgio Niza.
Alunos sem esperança, professores ansiosos, ensino bafiento e uma escola que não serve os interesses das crianças e jovens nem os do país. Sérgio Niza dedicou a vida à educação e não se conforma com o estado a que a escola portuguesa chegou. Mas há soluções, diz ele.
Professores insatisfeitos, pais preocupados e alunos que acham as aulas uma maçada. O que é que se passa com a nossa escola?
Esse é o retrato da escola portuguesa e da generalidade das escolas dos países ocidentais devido à forma de organização do trabalho. A estrutura de ensino simultâneo – todos a aprender a mesma coisa ao mesmo tempo – vem do século XVII e ainda perdura apesar de se saber desde os anos vinte do século XX que é um modelo esgotado.
O principal problema da escola está neste modelo de não-comunicação em que o professor usa mais de três quartos do tempo da aula para falar sem que os alunos participem ou estejam envolvidos.
Sérgio Niza (Campo Maior, 1940) foi professor do ensino primário, de educação especial e universitário. O trabalho de investigação e o seu pensamento como pedagogo é reconhecido no país e no estrangeiro. Fundou o Movimento da Escola Moderna portuguesa e já foi membro do Conselho Nacional de Educação.
Decorreu ontem, 23 de abril de 2015, a cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lisboa, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, pelas 18h00.
At http://www.ulisboa.pt/?portfolio=cerimonia-de-atribuicao-do-doutoramento-honoris-causa-aos-professores-sergio-niza-e-agustin-escolano-benito e http://www.noticiasmagazine.pt/2014/ser-professor-e-um-inferno/